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Mostrando postagens de agosto, 2016

Ancorando

 A vida andava mesmo muito confusa. E eu com tanta saudade daqueles dias em que era tudo simples. Um despertar, um existir em sintonia com o que estava ao lado, olhos e ouvidos ancorados no que se estendia à distância de um olhar em linha direta e sem intermeios.  Então fui, parti sozinha em sentido contrário, de fora para dentro, buscando um lugar confortável para dali observar todas as coisa, com distanciamento, desapaixonadamente. Sem gritos irritantes, sem sussurros desviantes, sem saltos imprevistos, sem desvios de rota. Ou com o mínimo de desvios de rota.  Num momento o real virou caos e eu perdida no turbilhão, arrastada por modos que não eram e não são meus, definhava. E retornei porque o melhor lugar do mundo é a minha casa. Não a que me rodeia, mas o lar que trago por dentro. .