Uma palavra me define: curiosidade. Em mim ela é expressão da vontade permanente de entender como o mundo funciona, porque as coisas são como são, como acontecem, por quais motivos.
A história da minha vida é a história de uma sucessão de atalhos e da superação de obstáculos à satisfação da minha curiosidade. Sempre fui uma leitora voraz e mesmo antes de aprender a ler, com 4, 5 anos, já andava arrastando os livros do meu pai, contemplando letras e figura ou em busca de quem as traduzisse. A leitura se tornou um hábito, os livros companheiros constantes, sempre a postos e convocados nas pausas do trabalho. Juntos fizemos (e continuamos fazendo) viagens transcendentais.
Ler é ultrapassar limites de tempo e espaço. E foi lendo que tomei contato com muitas das várias dimensões que compõe a estrutura do real e do imaginário, os materiais que fazem com que as coisas da vida assumam sentidos.
Aos 14 anos eu já trabalhava no setor administrativo. E assim foi por dezoito anos, período em que estive mais ligada à avaliação cadastral para concessão de crédito, contabilidade e gestão de eventos esportivos. A atuação junto a Federação Paulista de Futebol, entre 1995 e 2000 – em meio à revolução provocada pelas tecnologias digitais, chegada da Internet comercial e acirramento da globalização –, foi determinante para que eu me mantivesse em sintonia com as grandes transformações que aconteciam nos modos de produzir, comercializar, comunicar-se, relacionar-se, comportar-se, viver.
Em 2000 fui contratada pelo diretor de uma empresa como pesquisadora e consultora para questões relacionadas à gestão esportiva e torcidas organizadas de futebol. Assim, fiz do hobby (leitura e pesquisa) profissão e a partir daí outras oportunidades foram surgindo, principalmente ligadas à pesquisa em Administração – como sistemas de gestão, avaliação, planejamento e controle; governança corporativa, responsabilidade social e sustentabilidade; gestão de pessoas e relações interpessoais, entre outras.
Meu primeiro curso universitário teve início somente em 2008, em Comunicação Social pela Universidade São Judas Tadeu, quando ganhei o prêmio Desempenho Acadêmico daquele ano por ter alcançado a maior média de notas da turma. Um de meus professores explicou bem o acontecido. Disse ele que normalmente o estudante universitário aprende a teoria, que depois aplica em sua atuação profissional, mas eu estava a fazer o contrário: a partir da prática eu reconhecia as teorias, e por isto não tinha dificuldades com elas.
Mas, difícil foi continuar estudando Comunicação Social depois de, no próprio curso, ter entrado em contato com a Filosofia e a Teoria Crítica. Percebi que o que me encantava não era construir peças de comunicação e sim analisar como a comunicação influencia a construção da realidade. Em 2009 eu abraçava a Filosofia.
No curso de Filosofia meu interesse permaneceu o mesmo de sempre: entender o mundo e as coisas do mundo, tão profundamente quanto possível, por curiosidade de eterna estudante.
Tornei-me Bacharela em Filosofia pela USJT e ingressei no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFABC. Com o mestrado em andamento, meus principais interesses acadêmicos recaem sobre a Filosofia da Sociedade, a Filosofia da História, a Genealogia, a Ética e a Bioética.
Na atuação profissional, há 18 anos presto serviços como pesquisadora, ghost-writer e consultora para profissionais liberais, estudantes universitários em início de carreira, micro e pequenas empresas.
Unindo formação acadêmica e atuação profissional, venho direcionando minhas atividades para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às transformações pelas quais vêm passando o mercado de trabalho e a sociedade, frente às novas condições postas pela ciência e tecnologia.
Meus atuais focos de pesquisa são:
- Nietzsche e o Trans-Humanismo;
- Desenvolvimento científico e tecnológico e impactos sociais;
- Comunicação digital e seus impactos;
- Mecanização de sistemas bancários e adaptação de pessoas.