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Mostrando postagens de setembro, 2015

Pontes

  Há uma ponte que não atravesso Há dias cinzentos que não anoitecem Prolongam-se, esticam-se, confundem-se com a ponte que liga destinos Tudo é um só cinza E no cinza vejo o verde Aquelas pupilas vítreas que modulam cores, mesclam-se à luz dos holofotes, roubam as energias do dia, acumulam a luz do sol, do meu sol. (Avulsos, em 01 de feverero de 2013)

Cruzamentos

Sou assim, essa coisa estranha que não é um, não é nenhum.  Tenho inumeráveis cicatrizes na alma e pouca esperança de apagá-las neste mundo doido onde um são todos. Volta e meia tento fugir do fogo, escondo-me em jardins na fenda espaço-tempo.  Escondo-me, exponho-me...  Ao relento, volto a ser órfã com esperanças renovadas, com muita, pouca ou nenhuma energia para fazer girar a roda da fortuna. Forças evaporam um pouco a cada dia.  Tropeço em faróis vermelhos, amarelos ou verdes. No trânsito incessante, me perco em sinônimos de múltiplos sentido. Sou duplo, sou um, sou todos. (Helena Novais, Avulsos, em 17.11.2012)