Muito a dizer sobre livros... Sobre os que li nos últimos dias, os que estão na fila de próximas leituras, sobre aqueles que eu mesma estou escrevendo, produzindo... E sobre a última bienal, sobre as transformações impulsionadas pelas tecnologias e em consequência da pandemia... Muito o que dizer, pouco tempo para escrever aqui...
De mais urgente... O meu Super Homem Para o Além do Transumano continua aguardando divulgação. Terminamos o Revoluções Traídas do meu amigo Paulo. Finalmente já pode ser vendido! Combinando perfeccionismo e insegurança, o escritor que teimava em escrever e reescrever ao infinito quase me deixou maluca! Uma tortura! Era um tal de diagramar e readiagramar que estava me dando desespero... Mas, como disse ele, conseguimos resolver tudo como pessoas adultas e responsáveis. Tanto que terminamos o volume I e decidimos embarcar juntos na produção do volume II.
Assim, Revoluções Traídas, volume II, está em processo de edição. Estou trabalhando nisso (mais cerca de 500 página, como o primeiro) e com previsão de finalizar em meados de setembro. Daí sim, vamos para a divulgação dos três livros, enquanto concluo a abertura de firma da editora.
Sim, teremos um selo editorial devidamente formalizado em 2023, se o Universo permitir. E Ele há de permitir! É a herança da pandemia... Com isso, não tenho tempo para estudos de francês e sem eles o projeto de Doutorado em Filosofia permanece na gaveta. Estou achando mesmo que vai ficar lá para sempre, mas isso é outro assunto (fazer o quê com um diploma de Doutorado em Filosofia no Brasil de hoje?!). Como também é outro assunto o processo de edição do Revoluções Traídas, volume I. Experiência que valeu por muitas pela quantidade de crises emocionais superadas e questões resolvidas positivamente.
Por outro lado, como pesquisadora, sempre escolhi os temas que mais me tocavam pessoalmente. Como escritora e editora não será diferente. Mas, meus interesses são muitos e os temas vão se avolumando, se acotovelando, disputando espaço na minha cabeça, até que algum se destaca mais do que os outros e grita "ok, é MINHA VEZ"... Nessa luta, no momento estão vencendo os temas relacionados à música.
Entre os livros que eu li nas últimas semanas está a biografia de Andre Matos. Terminei e, como fã, me senti muito insatisfeita. Não que seja ruim. Mas, é possível que os autores tenham se sentido pressionados a lançar o livro como uma resposta às expectativas dos fãs. E, por isso, o produto livro acabou ficando como um trabalho "mal acabado", no sentido de que poderia ter tido um outro acabamento, mais existencialista, ou lírico, ou reflexivo, ou filosófico... Ou tudo junto, mas muito mais. No fim das contas, é uma compilação de dados. E boa parte das informações já eram do conhecimento dos fãs mais antigos. Verdade que uma biografia fica muita prejudicada sem a colaboração do biografado, mas quando isso acontece há outros recursos de que se pode lançar mão para que o livro se torne realmente muito bom.
De qualquer forma, a biografia do Andre, como produto final, me livrou da insegurança quanto ao que eu mesma poderia ter feito ou fazer. E isso me impulsiona a resgatar antigas ideias. Minhas pesquisas sobre black metal - que compilei para aquela aula que dei no curso História do Rock, na UFABC, em 2019 - é material base para um livro bem interessante. Sei disso e vou adiando... O atual envolvimento do Sartyricon com exposições sobre a obra de Munch tem me estimulado bastante... E há um ou outro músico que são lendas do heavy metal nacional sobre quem eu gostaria de escrever. Sei disso e vou adiando...
Em andamento...