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Confiar, Jamais - 2024, Parte IV

Pesquisas recentes do mercado editorial indicam que em 2024 houve uma "fuga de leitores"... No que me diz respeito, confere... Desde a minha adolescência, este foi o ano em que eu menos li. Conclui apenas 3 livros, e nenhum muito extenso. 

Foi um ano em que precisei de informações pontuais e urgentes sobre coisas como interações entre medicamentos; efeitos colaterais; alimentos e chás que fazem o tratamento de sintomas x ou y; quais laboratórios oferecem produtos genéricos à base de substâncias farmacológicas específicas; farmácias de manipulação; quais suplementos podem ser encontrados onde e em que preços; o que dizem os protocolos de saúde; exames clínicos e por imagens; especialistas médicos, etc, etc... E viva o Google! 

Na primeira metade do ano cuidei da Maya, na segunda metade precisei cuidar de mim. Meu amor não superou o ano, e eu quase que também não. Nos últimos dias de dezembro estive (e estou) às voltas com uma intoxicação por combinação concentrada de vitamina D e cálcio. Meu ortopedista receitou doses elevadas de vitamina D. Meu reumatologista confirmou e acrescentou cálcio. Bom, as dosagens não foram acertadas e desequilibram a minha tiróide e o meu metabolismo.

Passei a perceber minhas glândulas do pescoço inchadas e doloridas, meus ossos estalando o rangendo. Cheguei a acordar no meio da madrugada com as raízes dos meus dentes estalando, apertadas pelas gengivas enrijecida, o céu da boca e o pescoço enrijecendo, os ouvidos tampando e zunindo, o crânio estalando, além de dor de cabeça e nas articulações e pressão alta. .. Me lembrei das transformações do Incrível Hulk, sabe? Bem assustador... É, ser um transumano é para os fortes! (rs)

Piada à parte, infelizmente, para mim, os últimos anos enfatizaram que não se pode confiar em nada e nem em ninguém. Não é uma crítica, e sim uma constatação de que estamos, todos, sujeitos a erros e falhas de outros, além dos nossos próprios. Foram anos que precisei de ajuda de veterinários e médicos e que acabei convencida de que mais vale tê-los como "conselheiros", apenas. Contar com eles não libera ninguém de buscar informações por conta própria e, principalmente, de ser prevenido e prudente sempre... O velho e bom "melhor prevenir do que remediar", sabe? 

Estou em processo de cura e adaptação... Se sobreviver e me ajustar, voltarei a engrossar as fileiras de leitores dedicados... Vamos ver ... Na cabeceira tenho SPK, Fazer da Doença Uma Arma, do grupo alemão Coletivo Socialista de Pacientes, pérola publicada recentemente pela editora Ubu. 

Pelo lado bom, adianto que as minhas dores na lombar sumiram. Ossos reconstruídos e sem dores! Mas, a que custo e danos só os próximos exames dirão... Serei otimista! 


(Escrito em 01.01.25)