Ridley Scott cometeu um grande erro com Cruzada: contentou-se em fazer um bom épico quando poderia ter filmado um grande clássico. O diretor conta a história de Baliam (Orlando Bloom), um ferreiro que perde o filho e logo depois enfrenta a dor provocada pelo suicídio da esposa. No cristianismo, o desespero dos suicidas representa a perda da fé e o conseqüente distanciamento de Deus, justamente no momento em que a alma mais precisaria estar perto Dele para colocar-se a caminho do reino dos céus. A esposa de Baliam estaria condenada ao Inferno. Neste momento de amargura o ferreiro é visitado por um cavaleiro (Godfrey de Ibelin, Liam Neeson) que se apresenta como seu pai e propõe que o acompanhe a Jerusalém. Era início do século XII e desenrolava-se o drama das Cruzadas. Acreditava-se que morrendo em tais expedições se conquistaria o perdão dos pecados e a salvação eterna. Talvez, assim, Baliam pudesse ajudar a esposa perdida. Mas ele perde também o pai, mortalmente ferido ao defend...
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