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Mostrando postagens de abril, 2012

Persista!

Texto: Helena Novais Em 23.04.2012 Se eu tivesse que aconselhar um estudante de filosofia iniciante, diria: ouça tudo o que os professores disserem, preste atenção, mas assuma riscos, encontre seu próprio jeito de fazer as coisas e não se contente em ser um robô apenas repetindo o que os outros dizem sem acrescentar nada de particular. Mesmo que aconteçam tombos, tropeços, é lá na frente que a gente vê o resultado e que tudo começa a valer à pena. Lentamente vão se somando esforços, dedicação, empenho. Cada nova informação, cada novo aprendizado é uma conquista e não adianta ter pressa. Curta o percurso, cada nova descoberta, e esqueça disputas e egocentrismos de qualquer tipo. Sábio é quem mantém a serenidade e persiste. No primeiro ano da graduação em Filosofia eu já andava às voltas com a vontade de me inscrever nos programas de pesquisa. Mas não sabia o que fazer e nem como fazer. Na verdade, não tinha ideia nenhuma, não distinguia pesquisa em Filosofia de pesquisa em qua...

Humanos

Humanos escondem o corpo sob tecidos. Habitam moradias elaboradas. Transitam entre objetos. Vencem distâncias em veículos. Viajam pelo mundo. Tomam remédios. Estocam alimentos.  Humanos estão imersos em hábitos, coisas e rotinas. Esquecem que são apenas... humanos. Amontoados de células, átomos, configurações perenes de energias destinadas à existência por tempo finito... Recusam sorrisos, carinhos, afagos, gestos. Permanecem imersos em planos para a eternidade. Humanos imitam formigas sem dignidade. Circulam por estradinha carregando sua carga estocam para dias difíceis. Formiga, tão humanas! .

Preconceito Linguístico: o que é, como se faz

 Incorporando as discussões e propostas mais recentes das ciências da linguagem e da educação, o autor reitera seu discurso em favor de uma educação linguística voltada para a inclusão social, pelo reconhecimento e pela valorização da diversidade cultural Brasileira. Marcos Bagno é doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela USP, professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília-UnB, escritor, poeta e tradutor. “Se tanta gente continua a repetir que ‘português é difícil’ é porque o ensino tradicional da língua no Brasil não leva em conta o uso brasileiro do português. Um caso típico é o da regência verbal. O professor pode mandar o aluno copiar quinhentas mil vezes a frase: ‘Assisti ao filme’. Quando esse mesmo aluno puser o pé fora da sala de aula, ele vai dizer ao colega: ‘Ainda não assisti o filme do Zorro!’. Porque a gramática brasileira não sente a necessidade daquela proposição a, que era exigida na norma clássica literária, cem anos atrás, e que ainda es...