A sabedoria nem sempre pode se dar ao luxo de aparentar amorosidade. E o ódio não é sábio nunca. Estar cercado pelo não previsto ou desejado, pelo que causa medo e horror, pelo que não pode ser controlar, mergulhado em perdas e ausências, dói, tortura, desespera. No auge, imperam ódio e destruição disfarçados de justiça, que se voltam contra tudo e todos. Estar cercado pelo que não se desejou, também pode provocar o abrigar-se em manifestações de paz e amor alienado. É o fazer de conta que o não desejado não existe ou que pode ser anulado num passe de mágica com o surgimento de um arco-íris. Sorrisos forçados tentando passar por naturais, otimismo exagerado sempre com uma frase pronta de autoajuda na ponta da língua, superficialidades que tentam se passar por sabedoria. É a própria negação da complexidade camuflada na representação de bom senso e boa vontade. O estilo paz e amor alienado pode ser tão destrutivo quanto o ódio destruidor, ou mais. Ambos são cegos. Para o desesperado que ...
Opinando, palpitando, divagando desde 2007