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Lição das Flores






Na feirinha de sexta-feira, semanas atrás, dei um tempo na minha preferência por violetas e me arrisquei a comprar uma roseira. Suas florzinhas miúdas e vermelhinhas me conquistaram pela sua alegria delicada. Levei-a para casa e ajeitei o vasinho no quintal. Todos os dias, da janela da cozinha, observo a plantinha.



Notei que a roseira é mesmo delicada. Não lida muito bem com mudanças bruscas de temperatura. E esquecer de lhe dar água é um sacrilégio... Não é que eu tenha me esquecido, é que ultimamente tenho trabalhado tanto e lidado com tantas coisa diferentes ao mesmo tempo, que não houve tempo para prestar atenção mais detida à Maria (nome com que batizei a plantinha). Ela não me perdoa... Amuou-se e nunca mais foi a mesma. Ficou "marcada" pela minha desatenção.



E hoje me deu outra lição... Ao procurar livrá-la das florzinhas murchas, notei que os cabinhos têm uma marca mais escura, a marca do lugar exato em que haverá a separação da planta e da flor... Pessoas também são assim, têm hora, local e momento exato para se separar do que está gasto.



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