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Mostrando postagens de junho, 2013

Kate Bush - Running Up That Hill

Em meio ao caos, a arte.  E eu deixando de vagar por aí e juntando todas as minhas partes... Aqui! Is there so much hate for the ones we love? .

Mensagem na Garrafa - Ano 0, Número 1

"Nós éramos parecidos. Muito parecidos na nossa petulância descuidada de dizer o que pensávamos. Por isso me encantei com suas palavras, com seu jeito outsider, com sua erudição turbulenta e inquieta... Eu continuo a mesma... Minto. Me tornei mais petulante, de um descaramento irmã da descortesia corrosiva que se voltou contra você. Nunca tive paciência para subterfúgios. Máscaras me irritam insuportavelmente. O acúmulo de improváveis e desastres serviu de estimulo à ira tradicionalmente contida. Relevei muito. Não relevo mais nada. De mãos dadas seríamos imbatíveis, um chamando o outro a si quando a subversão ameaçasse ultrapassar a sensatez... Se você não tivesse se tornado surdo... Não sei bem mensurar o ponto em que nos distanciamos... Não que eu não o conheça... Fica difícil avaliar uma realidade que você não confirma... Sei que o prazer de sermos um se transformou em energia fluída de seres opostos em guerra permanente. Produto da ausência de frases curtas que teriam selado ...

Da Superfície

Hoje foi o meu último dia de aula do semestre. E eu estou aqui e não na aula. Não que esteja curtindo uma mera vagabundagem, é que só a pouco conclui meu último compromisso profissional do dia. Tarde. Desde 2008 a minha vida acadêmica vinha assumindo o primeiro lugar na ordem de prioridades. Acontece que a fase se prolongou e perdeu o lugar por força das circunstâncias. E com o trabalho e o dinheiro como prioridades, me vejo na situação de ser obrigada a encarar que sou muito mais parecida com o que já critiquei fervorosamente em outros do que gosto de admitir. Para mim isso não chega a ser novidade. Muitas vezes, ao longo dos últimos anos, me peguei em escolhas que antes havia criticado em alguém. Somos parecidos, sim. Muito parecidos, no lado negro! Somos ou nos tornamos. Não tenho a magnanimidade das pessoas que resgatam as melhores explicações para os piores atos. Em minhas elucubrações passei a descascar as aparências de uma forma que poucos gostariam de saber. Não há ilusão que ...

Fragmentos da Obra em (Des)Construção

Querido diário, não eu não morri... Continuo caminhando sobre a Terra.  Também não há nenhum motivo especial que me leva a escrever cada vez menos. Talvez muitos motivos... Na verdade, há muito acontecendo ao mesmo tempo e sempre me pego invadida por uma vontade urgente de fugir para algum lugar onde não existam celulares,  Internet, nem um monte de banalidades que ameaçam me levar pra longe do essencial.  Hoje em dia é preciso aprender a lidar com a tecnologia da informação para que ela não nos paralise, não nos soterre, não nos transforme em apêndice banal de um mundo banal. Com o celular é fácil de revolver: ignore, desligue, atire na direção da lixeira mais próxima. Pouca coisa é tão urgente que não possa esperar um pouco. Com a Internet é mais difícil. O útil  se funde ao inútil, o necessário se entrelaça com o descartável, o sublime com o aparente. O navegar em linha reta exige o esforço extra de equilibrar-se à beira de abismos. De um lado o fosso da desinform...