Universidades são espaços em que se adquirem e se desenvolvem conhecimentos. Ao deixá-las, chega a hora de decidir o que fazer com o que foi aprendido.
Agora conto com aval universitário para me empregar como professora de cursos superiores, porém resisto à ideia de ser funcionária fixa de qualquer instituição. Fato: não sou a pessoa mais sociável do mundo, pelo contrário. Como escrevi ainda ontem, preciso estar em estreita sintonia comigo mesma e, quando imersa no burburinho do mundo, me perco. Ser professora de cursos curtos, ocasionais, me interessa mais! Posso lidar temporariamente. Então, os modos MEI e terceirização me convêm.
O que sinto combinar comigo perfeitamente é a pesquisa, a escrita, a tradução, a editoração. Ser escritora de livros, trabalhar com jornalismo cultural, ser produtora de mídia impressa e digital, aí sim!
Escrevi um livro... Chama-se "O Super-Homem Para o Além do Transumano" (em outra postagem falarei sobre ele)... Pesquisei ao longo de três anos, escrevi, reescrevi, revisei, diagramei, publiquei de modo independente e sob demanda... Está disponível na Amazon e, em breve, em grande circuito (ou nas principais lojas virtuais)... Resta divulgá-lo, o que farei ao longo do tempo de vida que me restar, mas sem pressa.
Num misto de divulgação científica/filosófica com jornalismo cultural, estou construindo o Transhumanizando. A intenção é publicar meu próprio material em versões curtas, claras e distintas. Tenho pilhas de textos que já escritor e que pretendo usar como base para escrever novos textos curtos... Há anos venho imaginando como Nietzsche amaria a disponibilidade de ferramentas digitais para produção e divulgação de textos! É realmente estimulante!
E ainda mantenho o Elementhar, meu antigo site de trabalho como ghostwriter que, desde o início da pandemia, vem passando por reestruturação. Se antes o carro-chefe eram as pesquisas para desenvolvimento de monografias, agora os serviços para publicação de livros físicos e digitais vêm ganhando destaque. É o âmbito de atuação do meu lado produtora de conteúdo e editora, propriamente. Por meio do Elementhar comecei e estou no fim do processo de edição do livro do amigo Paulo Luiz dos Reis, ex-colega de faculdade. Fiz revisão, diagramação, registros, capa e publicação do "Revoluções Traídas: Alienação e Totalitarismo em Marcuse", a ser lançado ainda neste mês de março (também escreverei algo sobre esse trabalho aqui).
E não decidi ainda como vou encaixar nisso tudo a encadernação, pois sou nisso uma neófita que está aprendendo e desenvolvendo as habilidades necessárias... Pretendo trabalhar com edições limitadas, artísticas, especiais para pequenos segmentos de público... Essa ideia tem um projeto inicial que concorreu em concurso da Secretaria de Cultura do Estado (outro assunto para escrever aqui). Não foi premiado (graças a Deus), mas alcançou uma boa pontuação, o que é incentivador. Digo "graças a Deus" porque há tantas coisas em andamento que eu teria dificuldade para me focar em apenas uma... E realmente, a diversificação é intencional, no sentido de expandir meu universo de possibilidades.
De qualquer forma, cada uma dessas coisa precisam ter "a minha cara", uma personalidade que não está lá fora, no mundo, e sim no meu interior e precisando expressar-se urgentemente.
Uma sugestão que me foi dada é de unificar todas as atividade em uma única identidade visual (tipo uma "marca")... Sim, sem dúvida! Porém, antes preciso visualizar, com suficiente clareza, os caminhos a seguir, conhecer bem cada parte... É, também, um processo de investigação, além de uma proposta de vida filosófica (e não de um negócio no modo tradicional). Fazer da vida uma obra de arte!
Se algum dia eu retornar à universidade para um segundo mestrado ou um doutorado - coisa de que no momento eu duvido, pois estou sem paciência para passar horas sentada assistindo aulas - será em função de desenvolver alguma pesquisa para algum livro, ou algum trabalho relacionado. Por hora, não sinto que estar em uma universidade seja a melhor escolha.
Ah, sim... Estou sabendo da guerra na Ucrânia, claro... Me mantenho informada sobre todas as misérias causadas pela política brasileira e internacional, sobre o abismo ético em que a humanidade está, sobre a alienação das redes sociais, a disseminação planejada do ódio e da burrice, etc. e tal... Porém, como disse uma amiga "eu não tenho mais condições psicológicas para viver nesse planeta"... Devo enlouquecer de preocupação por aquilo que não posso mudar? No fim das contas, sábio foi Voltaire, pois tudo o que se pode fazer é "cuidar do próprio jardim" (ora restrito, ora estendido conforme o possível), pelo menos enquanto não apertam o botão do fim do mundo...
Imagem, fonte: https://www.ted.com/playlists/650/what_does_it_mean_to_express_yourself