Entrei em uma aventura incômoda…
Desde que os influenciadores das políticas de extrema direita passaram a ganhar espaço no Brasil, venho me perguntando qual a lógica que dá sustentação ao que essas pessoas pensam… Recentemente, me dispus a ler as obras indicadas por eles na tentativa de entender. Ora, me sinto preparada para enfrentar textos “perigosos” sem me deixar contaminar por eles. Afinal, minha formação foi toda voltada para a análise de textos.
E lá fui eu, de início ler aquele que os direitistas brasileiros consideram como o maior gênio de todos, o "inigualável" Olavo de Carvalho... E não demorei a identificar alguns dos autores que o próprio Olavo considerava como seus preferidos, e que indicava aos seus alunos dos cursos que ele ministrava via Internet, como Edmund Burke, Roger Scruton, Theodore Dalrymple…
Estou lendo o que esses senhores escreveram… Mas, o que eu vejo até o momento é que não se trata de uma lógica pura, digamos assim. O que sustenta o modo de pensar (sempre circular) desses autores são valores baseados em preferências, que eles identificam como sendo princípios morais… Qual a diferença? A forma (estética) é anterior ao conteúdo moral (que é construção cultural)… A disposição interna do sujeito (a nível bio-químico-físico) determina suas preferências (ou tendências de)?
É incômodo pensar que há tipos humanos distintos e pré-determinados a esse nível... No caso, o que os diferencia, a princípio, seria uma “disposição interna” para optar por isso ou aquilo? Disposição de energias vitais? Configurações de forças?
Minha intenção é escrever sobre minhas leituras no Transhumanizando (porque lá procurarei escrever de um modo mais rigoroso e analítico) - enquanto aqui ficam os meus fluxos de pensamento, as minhas muitas divagações completamente descompromissadas sobre quaisquer coisas - e por isso eu ter tentado o AdSense. Na prática, o Transhumanizando é um trabalho de pesquisa que exige tempo, dedicação e recursos.