Que fique claro: na minha bolha pode haver (e há) divergências.
Estar em uma bolha não implica alienar-se de conflitos.
Porém, entre semelhantes as divergências são encaradas de modo respeitoso, pois os envolvidos sabem estar em estágios diferentes no caminho da evolução. Divergências tornam-se conflitos aborrecidos apenas quando acontecem entre aqueles que optam por atitudes opostas frente ao conhecimento e à evolução, ou seja, entre aqueles que estão a caminho e aqueles que decididamente não desejam caminhar.
Falta de respeito implica energias desperdiçadas com estresse desnecessário. Me poupo!
Ora, se não se desenvolver é uma adesão feita por livre opção, eu estou me posicionando contra o exercício dessa liberdade? Bem… Não, não estou!
Que se fique estacionado se assim o desejo (ou falta) o determina – influências do meio sobre os sujeitos é outro assunto. Eu apenas opto, tão livremente quanto possível, por não conviver cotidianamente com quem não se mantém em movimento. É que quem não evolui se transforma em obstáculo para aqueles decididos a transitar... E o que fazer com tal obstáculo? Eliminá-lo? Nunca! Jamais se deve agir para aniquilar um obstáculo que é ser vivo. O contrário seria barbárie, ausência de ética, adentramento no caos das formas estéticas, luta e destruição, morte. Afastar ou aproximar-se dentro do possível é o bastante.
Que obstáculos continuem existindo, pois eles consistirão, sempre, em alertas metafóricos para aquilo que se deve contornar. Ao mesmo tempo que obstáculos sejam parâmetro para a dosagem de energias positivas e negativas (eros e thanatos; paixões alegres e paixões tristes) em ações e personalidades em evolução. Afinal há de se endurecer, sim… Mas sem nunca perder a ternura!
E isto também serve como princípio de economia de forças.