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Rosa Luxemburgo - Mulher e Revolucionária




















 (Resumo publicado nos Anais do XVII Simpósio da Universidade São Judas Tadeu de 2011)

A militante judia-polonesa-alemã, Rosa Luxemburgo, é lembrada por sua defesa incisiva dos ideais social-democratas que enfatizam a importância do esclarecimento das massas, conquistado em processo de lutas cotidianas por direitos e melhoria de condições de trabalho e de vida. No entanto, Rosa tem uma outra faceta que passou a ser considerada por estudiosos de sua militância e de seu pensamento a partir da divulgação de suas cartas ao companheiro Leo Jogiches: a de mulher de seu tempo, amorosa, sensível e ao mesmo tempo aguerridas na busca por reconhecimento de suas capacidades e na defesa da plena realização pessoal de cada membro da sociedade. É objetivo deste trabalho apresentar um perfil do personagem histórico Rosa Luxemburgo a partir das característica de sua história de vida e de sua personalidade, conforme demonstrado em Camarada e Amante: cartas de Rosa Luxemburgo a Leo Jogiches. As cartas, escritas entre 1893 e 1914, publicadas pela primeira vez no original polonês, pelo professor Feliks Tych, posteriormente foram traduzidas e publicadas em inglês pela biógrafa de Luxemburgo, Elzbieta Ettinger. A edição americana foi acrescida de dados biográficos, considerados neste trabalho. São abordados os anos de infância e adolescência de Rosa Luxemburgo, vividos em uma Polônia que resistia à dominação russa e tinha na rebeldia das mulheres e dos jovens estudantes suas principais forças. Envolvida na militância política desde muito cedo, Rosa também era estudante exemplar e, ao refugiar-se em Zurique, fugindo da polícia tzarista, dedicou-se aos estudos universitários concluindo seu doutorado em Economia. Foi também nesta cidade que conheceu Jogiches, seu grande incentivador, a quem esteve ligada até o fim de seus dias, politicamente e pessoalmente. Da relação de ambos nasceu a atuação de Rosa como ativista política membro da social-democracia alemã. Artigos e livros escritos por Rosa tornaram-se referência para as lideranças políticas de esquerda. Sua defesa do espontaneísmo das massas, em oposição ao voluntarismo exercidos pelas lideranças, se tornou o principal argumento contra Lênin nos primeiros dias de organização da Rússia revolucionária. Nos dias de hoje, seu pensamento surge na base das reflexões sobre questões do nosso tempo, como a crise econômica, a crise energética-ambiental, a sustentabilidade, a economia solidária, as lutas por direito das minorias na América Latina e a necessidades de renovação do pensamento marxista para fazer frente aos sistemas que sustentam a desigualdade e a opressão."

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