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Mensagem na Garrafa - Ano 14, Número 1






"O que você pensa das coincidências? Daquela força imperceptível que coloca dois seres em rota de colisão tantas vezes a ponto de denunciar-se? A primeira de uma série foi a sua ausência... Teria eu desejado fazer a você todas as minhas perguntas. O drama não teria se transformado em tragédia.  Teríamos falado sobre coincidências e encadeamentos, sobre vida e progressão... Teria eu me salvado em você de todos os dramas e tragédias... 



Nunca vou entender porque Deus permite tragédias a uns como início da felicidade de outros... Você entende? Deus tem preferências? Sei que você ainda acredita em Deus. Olha só, eu também! A gente pode acreditar no que não entende, no que não vê, no que não ouve... Mas, eu ouço... Sua voz é uma equação matemática que define objetos, seus tempos e espaços, seus encontros e reencontros... 



Espero reencontrar você no fim da linha. Não. Espero reencontrar você antes, bem antes. O quanto antes... Era a você que eu devia ter feito todas as minhas perguntas. Como naquele tempo, em que tão jovens, passávamos horas filosofando... Nunca devíamos ter deixado de filosofar juntos... Nunca."



(CAAP)