Pular para o conteúdo principal

Off










Eu tinha dezoito para dezenove anos quando fiz minha primeira
viagem sem meus familiares. Fui acampar com amigos durante os dias de um
carnaval. Alto de Paranapiacaba, céu, cachoeiras e paz. Paraíso na Terra! Dias
inesquecíveis de contato com a natureza e paisagens deslumbrantes. Ao retornar
a São Paulo após quatro dias, me senti como um extraterrestre que cai numa
civilização desconhecida. 





Há um ano essa sensação vem se repetindo
periodicamente. Pelo menos uma vez por mês passo dois ou três dias isolada, em
reunião fechada, com companheiros de trabalho, discutindo práticas pedagógicas
e métodos de trabalho. Essa rotina vem contribuindo muito para tornar mais
sociável o “bicho do mato” que eu sou.





Hoje, novamente arrumo as malas para
ficar fora do mundo por uns dias. Dessa vez com uma resistência que de outras
vezes não senti... Há uma turbulência não identificada, uma inquietude parada no
ar agitando meu coração insone sobressaltado... Menino saudoso e frágil, que qualquer coisa perturba.





Às vezes o mundo gira e a gente só se dá conta muito depois... Então, vou... Querendo ficar.



.

.