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Sobrevivente






Em algum momento passei a sentir meus blogs como se cada um deles fosse um lugar específico na minha mente. É assim que tem sido... Terças-feiras, para mim, são domingos, dias sem trabalho, quando faço uma pausa. Hoje me aventurei a vasculhar esses “lugares”, lendo meus próprios textos. E chorei ao ler o texto do dia 5 de janeiro de 2011... Neste dia, psicologicamente deixei o Divagações e me mudei para cá, não sem muito esforço. Me arrastava. E me arrastando deixei um lugar triste e me obriguei a “morar” num lugar que imaginei, um lugar claro, arejado, com céu azul, cheiro de mar e pássaros cantado ao longe, um lugar com luz e esperança... Na época, como eu precisava de um lugar assim para me salvar de mim! 





Lamento a perda dos textos do Divagações, pois agora há um véu, a cada dia mais espesso, sobre o lugar que ele representava... De maior parte daqueles textos eu gostava bastante, pela forma como coloquei em palavras o que se passava no mais fundo da minha alma em dias tão difíceis. Eu os deletei por sentir que nada alí era apenas meu, e, por isso mesmo, não deveria estar tão exposto. Posso me perdoar por errar por passionalidade momentânea, por desespero, mas não por persistir no erro dia após dia. Embora uma parte de mim quisesse preservar os textos como lembrança daqueles dias de penoso crescimento, a outra parte dizia não ser correto. 





E aqui, com a alma ainda vagando entre claro e escuro, me resgatei. Hoje, lendo meus textos, me vi como naquelas cenas do último Batman, quando ele precisa escalar um paredão para sai do fundo de um poço... Tenta, escorrega e volta ao fundo, mas tenta de novo, e de novo... Persiste e vence. Também eu venci.



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