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Mostrando postagens de 2022

Projetos em Andamento e Outros Adiados

Muito a dizer sobre livros... Sobre os que li nos últimos dias, os que estão na fila de próximas leituras, sobre aqueles que eu mesma estou escrevendo, produzindo... E sobre a última bienal, sobre as transformações impulsionadas pelas tecnologias e em consequência da pandemia... Muito o que dizer, pouco tempo para escrever aqui... De mais urgente... O meu Super Homem Para o Além do Transumano continua aguardando divulgação. Terminamos o   Revoluções Traídas  do meu amigo Paulo. Finalmente já pode ser vendido! Combinando perfeccionismo  e insegurança, o escritor que teimava em escrever e reescrever ao infinito quase me deixou maluca! Uma tortura! Era um tal de diagramar e readiagramar que estava me dando desespero... Mas, como disse ele, conseguimos resolver tudo como pessoas adultas e responsáveis. Tanto que terminamos o volume I e decidimos embarcar juntos na produção do volume II.  Assim, Revoluções Traídas, v olume II, está em processo de edição. Estou tra...

Aventura incômoda

Entrei em uma aventura incômoda…  Desde que os influenciadores das políticas de extrema direita passaram a ganhar espaço no Brasil, venho me perguntando qual a lógica que dá sustentação ao que essas pessoas pensam… Recentemente, me dispus a ler as obras indicadas por eles na tentativa de entender. Ora, me sinto preparada para enfrentar textos “perigosos” sem me deixar contaminar por eles. Afinal, minha formação foi toda voltada para a análise de textos.  E lá fui eu, de início ler aquele que os direitistas brasileiros consideram como o maior gênio de todos, o "inigualável" Olavo de Carvalho... E não demorei a identificar alguns dos autores que o próprio Olavo considerava como seus preferidos, e que indicava aos seus alunos dos cursos que ele ministrava via Internet, como Edmund Burke, Roger Scruton, Theodore Dalrymple… Estou lendo o que esses senhores escreveram… Mas, o que eu vejo até o momento é que não se trata de uma lógica pura, digamos assim. O que sustenta o modo de pe...

Exposição

Sempre fui avessa à exposição de Internet. No meu entender, o que deve circular são as ideias e não os egos inflados. Houve um tempo, nos primeiros anos de Internet comercial, em que era possível participar de longas discussões de ideias em fóruns virtuais. Tempo dos nicknames e dos avatares . Ninguém sabia quem era o outro, e não importava. Tempo de ICQ, que culminou om o surgimento da Wikipedia, do Wikileaks, do Linux, das discussões transumanistas… Depois vieram o MSN, as ações de mídia digital, e o pesadelo começou... E foi se aperfeiçoando! Muito triste ler sobre como a influência nefasta das ações de mídia causou a decadência da qualidade da crítica cultural, por exemplo. Em meio ao vale tudo por um like , por uma visualização, a qualidade só foi caindo. O que temos hoje é um pesadelo aperfeiçoado, em que ególatras sequer se dão conta de que o são… Fato é que a minha aversão por egos inflados e exposição acaba por afetar a divulgação de qualquer coisa que eu venha a fazer e que ...

Psicologizando

[O texto se refere ao Claro Escuro, meu antigo blog pessoal.] Este blog esteve inacessível por alguns dias porque eu estava tentando entrar em um acordo com o Google AdSense, para conseguir recursos que custeassem o meu Transhumanizando ... Que maravilha seria passar os dias escrevendo e com recursos garantidos, não? Mas, não vai rolar... Que pena para o Google AdSense! (rs) Eu não conseguiria me submeter à política de propaganda do Google nem querendo muito. Primeiro porque tenho mais contas no Google do que consigo me lembrar (e eles exigem que se tenha apenas uma única); segundo, se a ordem é garantir tráfego alto para DEPOIS passar a contar com publicidade no blog, para mim não dá... O que viraliza no Brasil é canal de autoajuda, fakenews da gadolândia bolsonarista, escândalos de dançarinas de funk, boatos sobre a vida de "celebridades"... Como não vou empenhar meu tempo com nada disso, o tráfego  não pode ser estabelecido de uma hora para outra. É algo para se construir...

"São Fáceis Porque São Pobres"

"Nossa, Helena, que falta se sensibilidade evocar Voltaire numa hora dessas! Como assim, cuidar do próprio jardim? Fica parecendo que você não se importa com a guerra!" Bem, eu me importo com TODAS as guerras. E quando foi que não se teve um conflito armado em andamento, mesmo? Também me importo com a seletividade... Por quê uma guerra merece mais holofotes do que outra? Por quê a imprensa precisa de uma nova pauta-bomba para substituir o desgastado tema covid?! Me incomoda, imensamente, a manipulação midiática da atenção das pessoas e como ela molda e confunde as subjetividades... Mas, isso é novidade?  Cada vez que alguém contrata uma ação de marketing não é isso o que se faz? Alguém já ouvir falar de algo como "propaganda crítica"?! Imagine uma campanha de marketing que diga "olha, esse produto tem a vantagem a, b, c, d... Mas também tem a desvantagem x, y, z"... Não existe!  Porém, jornalismo e marketing são mais próximos do que se pensa, ou do que se ...

Express Yourself

Universidades são espaços em que se adquirem e se desenvolvem conhecimentos. Ao deixá-las, chega a hora de decidir o que fazer com o que foi aprendido. Agora conto com aval universitário para me empregar como professora de cursos superiores, porém resisto à ideia de ser funcionária fixa de qualquer instituição. Fato: não sou a pessoa mais sociável do mundo, pelo contrário. Como escrevi ainda ontem, preciso estar em estreita sintonia comigo mesma e, quando imersa no burburinho do mundo, me perco. Ser professora de cursos curtos, ocasionais, me interessa mais! Posso lidar temporariamente. Então, os modos MEI e terceirização me convêm. O que sinto combinar comigo perfeitamente é a pesquisa, a escrita, a tradução, a editoração. Ser escritora de livros, trabalhar com jornalismo cultural, ser produtora de mídia impressa e digital, aí sim! Escrevi um livro... Chama-se " O Super-Homem Para o Além do Transumano " (em outra postagem falarei sobre ele)... Pesquisei ao longo de três anos...

Tédio

Escrevo neste blog apenas quando me perco e preciso fazer contato comigo… Sempre me perco quando olho para fora de mim por muito tempo. Nos dias que correm as noções de tempo estão confusas… “Muito tempo”, na verdade pode significar poucas horas de exposição a fluxos intensos e rápidos de informação. O que piora tudo é que a qualidade das comunicações em circulação nos espaços públicos é muito, muito, muuuuito... Ruim! Sempre volta à minha mente uma fala de Nietzsche: “claustros serão novamente necessários”… Como o niilismo se renova na história por ciclos, há momentos em que, para preservar a cultura, é importante recolher-se aos "claustros", como fizeram os monges da Idade Média em meio às invasões bárbaras… Hoje há novamente “barbaridades” por todos os lados e tudo o que eu quero é conseguir ficar quieta no meu canto, lendo, aprendendo, escrevendo, criando… Paz na alma! O burburinho dos bárbaros representa sempre um tremendo atraso na evolução de corpos e mentes. Hoje, no ...

De Volta ao Confessionário

Comecei a falar sobre mulheres e fiz referência à sororidade como desdobramento de minhas lembranças sobre relacionamentos antigos. Sim, confesso, quando muito jovem me apaixonei por um homem bem mais velho, casado e pai. Na época, fui incapaz de lutar por mais tempo e espaço em sua vida. Usurpar parte do pouco tempo que ele poderia dispor para conviver com os filhos? Não pude... Não podia correr o risco de provocar naquela família os mesmos danos que foram provocados na minha. Eu sabia o que era um pai ausente e uma mãe inconformada... E como não ter zelo pela vida dos filhos do homem que eu amava? Como não gostar dos filhos que eram parte dele? Hoje compreendo mais claramente o que antes apenas pressentia vagamente: mulheres, mesmo nas situações mais desagradáveis, podem desenvolver relações de cooperação e fraternidade. Luana Piovani e Cintia Dicker dão um exemplo lindo! E que pena não ter sido assim entre minha mãe e minha madrasta. E não foi até porque os tempos eram outros... Não...

Cansei de Ser "Cinderela"

 A conversa da Angélica com a Grazi, publicada dias atrás, tem tudo  ver com o que escrevi na minha postagem anterior. Mulheres na nossa geração, minha e delas, eram criadas acreditando no papel da princesinha que precisava ser legitimada pela aparição do príncipe encantado, que surgiria montado no cavalo branco para a salvar a "cinderela" de sua vidinha miserável... E transformá-la na grande dama do seu castelo!   "Príncipes", normalmente, são sapos que usam as princesinha (se não o fazem de uma forma, o fazem de outra), enquanto elas almejam a beatitude da versão romântica do "amor eterno". Simplesmente tornar-se consciente desse engodo é um processo que pode demorar toda uma vida, ou nunca acontecer. E quanto a consciência começa a acenar na esquina o dramalhão começa, porque há um apego ao antigo papel, misturado com o não saber como lidar com o vácuo deixado por crenças secretas antigas a serem abandonadas com muita dificuldade.  É verdade que a exigê...