Três posts num mesmo dia é muita coisa... É que tenho uns quinze voando na minha mente há dias...
Fazer apologia a shopping center, creio que parece ser uma das últimas coisa a se esperar de mim. O que eu iria achar de bom nesses templos do consumo? Na verdade, eu não tenho nada contra o consumo consciente e muito menos contra as coisas bonitas que a gente vêm em shopping centers. Tenho muito é contra se colocar as coisas e a posse como mais importante do que as pessoas, do que a solidariedade, a convivência, a empatia, o companheirismo, a verdadeira amizade, o verdadeiro amor, os ideais mais nobres, a liberdade.
Todo mundo gosta de beleza e de conforto. Eu não sou exceção à regra. Porém, não desejo que o conforto e a beleza fiquem restritos a uns poucos que escravizam muitos enquanto escravizam a si mesmos também. Tenho muito contra o obscurantismo, a razão instrumental e a pedagogia manipuladora que embotam o senso crítico, emburrecendo a todos. Então, lá vou eu aos shoppings vez ou outra, buscando estar a par, mas permanecendo à parte.
E dessa feita fui conhecer o novíssimo Moóca Plaza, que fica há uns 2 ou 3 quilômetros da faculdade onde eu estudava. E devo retornar muitas vezes, se viva estiver, pois ali não há uma característica que geralmente me faz pensar nesse tipo de estabelecimento com muita má vontade: as disposições labirínticas que me fazem perder o rumo. Meu senso de direção é péssimo. Normalmente me sinto uma barata tonta em shoppings, sem saber se estou no primeiro ou no último piso, na frente, no meio ou nos fundos.
O Plaza Moóca tem dois pisos com corredores largos, em linha quase reta, e nada mais. E duas áreas de alimentação maravilhosas, com cadeiras estofadas confortáveis e deliciosas. A poluição visual (cartazes, anúncios, etc.) me parece menos agressiva. E há uma boa livraria, a Saraiva Mega Store, na qual eu pretendo passar um pouco do meu tempo, periodicamente, em substituição à Livraria Cultura.
Mas, o que me levou até lá, na última quinta-feira, foi a vontade de assistir "Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge". Queria escrever sobre o filme, ideia que, devido a qualidade da obra, não está me entusiasmando muito, não... Para encurtar, o que eu vi foi um filme longo demais, desnecessariamente violento, histericamente barulhento e pouco inteligente, ao contrário de seu antecessor. Esperava temas existenciais profundos, mas vi nada mais do que clichês. Chris Nolan dessa vez me decepcionou. A foto acima foi tirada enquanto eu esperava o início da sessão. Dessa feita, sem minha fantasia de Mulher Gato (r)... Abaixo, Anne Hathaway, a Mulher Gato do filme, pra lá de perfeita!