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"A semana é excelente para começar um novo projeto ou para revitalizar um projeto antigo. Mas não tente fazer tudo sozinho. O céu pode levar você a discutir a quem pertence a responsabilidade de mudar as coisas que precisam ser mudadas. Por um lado, você vai se sentir muito atraído pela ideia de ser o motor que move o mundo. De outro, vai perceber que muitas mudanças importantes acontecem à nossa revelia." (A semana para Escorpião, do site IG)





Poucas coisas no mundo me deixam mais indignada do que tentativas de manipulação. Gente que se acha muito experta e que trata os outros como idiotas também me irrita profundamente. Comecei a semana bastante triste e irritada por ambas as coisas, e me lembrando de algo dito pela minha mãe já há algum tempo... Disse ela que quando a gente é muito jovem acha que vai consertar o mundo. O tempo vai passando e a gente percebe que não, mas que com a filha dela não foi assim... A filha dela é a eterna adolescente lutando lutas perdidas. Ela não disse isso como uma crítica, apenas como constatação. Mas me fez pensar.






A filha da D. Maria não se incomoda por ser entendida como uma eterna adolescente. Não se isso significa manter a jovialidade da alma, o assombro e a curiosidade, a vitalidade e vontade de construir o diferente... Mas, as palavras da minha mãe, na época em que foram ditas, me fizeram olhar para um outro lado. E foi olhando para esse outro lado, também, que comecei a semana passada. Me incomoda ser a "eterna adolescente" se isso faz com que eu deixe de viver algo que seres humanos precisam viver para sentir que realmente viveram. 





Então, essa jovialidade, não pode me encerrar em círculos viciosos e me impedir de ir adiante. Na minha vida, sinais de tais círculos são as pessoas manipuladoras, falsas, mal-intencionadas e dissimuladas. Em todos os momentos cruciais da minha existência dei de cara com gente desse tipo, que espalha intrigas, envenena a tudo e a todos... Um atraso de vida! E não saio do círculo por sempre reagir a elas da mesma forma. Perco a paciência e lhes chuto a canela logo. Mas, quem fica com o prejuízo sempre sou eu. 





No momento, prova de crescimento, para mim mesma, seria aprender a sair do círculo com paciência e inteligência. E sair pode ser simplesmente não percorrê-lo novamente... Não me sinto nem um pouco atraída pela ideia de ser o motor que move o mundo. Isso daria muito trabalho e aos quarenta anos a gente já não acha que tem todo o tempo do mundo e que qualquer luta vale à pena. Para mim, a questão primeira é quais lutas me são essenciais, pelo que eu quero lutar e COMO lutar... COMO faz toda a diferença!





A irritação foi se diluindo ao longo da semana e no momento as respostas me parecem claras... Esse é quase meu ano sabático, o ano que tirei para fazer coisa nenhuma. Não foi uma escolha e sim quase uma imposição da vida a que, graças a Deus, tenho encontrado condições de enfrentar. E a resposta para todas as questões está aí, mesmo... A gente muitas vezes se escraviza a situações negativas com medo de que as coisas se tornem ainda mais negativas. Vai se envolvendo em situações inconvenientes, com pessoas inconveniente, num ritmo de vida inconveniente... Mas quando ousa rebelar-se, romper com tudo, vê que pode sobreviver ao que mais teme. Em outras palavras, não preciso de jogos... E sinto isso muito por estar vivendo dias mergulhada em cultura e novas descobertas. Me sinto inteira como há muito não me sentia e por isso sei que tenho projetos a serem retomados, pessoas com quem contar, potencial para desenvolver e que se cair... Levanto! Quando a gente já caiu de grandes alturas, sabe que aguenta muito. Jogos não valem o tempo perdido.





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