Diz Paulo Freire que um educador popular nunca deve perder a capacidade de indignar-se. Em Filosofia se diz que o filósofo nunca deve perder a capacidade de espantar-se. Tenho bem incrustadas na alma as duas capacidades. Espanto e indignação caminham de mãos dadas em mim. E nesta semana perdi a paciência com pessoas que me espantam negativamente e indignam absurdamente. E me sinto como um rio corrosivo, sibilando palavras ácidas. Sou um furacão, que caminha sobre a terra e faz voar pelos ares o que está no caminho. Vou levar uns dias para voltar a adotar esforços de contenção da minha acidez por vezes irônica, por vezes cínica, sempre violenta e nada sensata. Em meios onde se pode estacionar e passar desapercebido por anos a fio, minha incontrolável capacidade de indignação faz com que eu me destaque rapidamente. E como lembrou minha mãe, "assim você fará inimigos"... Bem, antes inimigos declarados do que falsos amigos. E nada me indigna mais do que a falsidade, a superfici...
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