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Novos Rumos, Sobre os Blogs







Eu me interesso por muitas coisa. Muitas! E isso é bom, pois me possibilita uma visão mais abrangente do mundo. E isso é ruim, pois acabo atirando pra todo lado sem chegar a lugar algum. Difícil, muito difícil para mim me focar em algo específico! Mas, eu sei onde quero chegar. E dificuldade não é motivo para não tentar. Pelo contrário, só o mais difícil deveria ser tentado, pois implica aprendizagem e superação.





Há cinco anos, quando troquei o curso de Comunicação pelo de Filosofia, eu já sabia onde queria chegar. De lá pra cá isso não mudou. Queria tomar a Filosofia como ferramenta crítica aplicada à Comunicação. Para isso fui estudar Filosofia. E se digo que passei por uma crise existencial que colocou em questão os valores e opções de toda a minha, foi porque o meu projeto de vida foi atingido. Fiquei parada no caminho sem saber que rumo tomar.



Depois de quase um ano de andanças pelo Brasil, com a mente trabalhando incessantemente, assimilando princípios filosóficos, conceitos, métodos e, principalmente, aprendendo a delimitar e associar para dar unidade à concepções nada óbvias; depois de aprender, a duras penas, a controlar as minhas angústias e caminhar no labirinto, acho que é hora de fazer um esforço para colocar ordem na desordem que é a minha existência. É preciso parar de atirar pra todo lado e me centrar no projeto de vida.





Gosto muito de cinema. Mas escrever sobre filmes toma tempo demais. Por isso o The Mirror Conspiracy está parado. Não tenho previsão de retomá-lo, embora vontade não falte. Já o Luzes e Sombras está de cara nova e deve ser o meu centro nesse processo de colocar ordem na bagunça. Digamos que pretendo monitorar o que está acontecendo na Comunicação e no Marketing. O Luzes e Sombras deve passar a servir de suporte para parte do meu material de pesquisa  on-line, textos com algo que deva ser lembrado. 





Tenho uma teoria... Na verdade, várias... Mas, não acredito na Teoria da Ação Comunicativa do Habermas e pra mim a "vontade boa" do Kant é uma piada. Vontade boa na mídia corporativa?! Mas acredito que haja uma necessidade delimitando  contingências e quero observá-la com lentes de aumento. Há padrões históricos que se repetem. Isso é fato. Há diferentes níveis e âmbitos de análise. Se há um labirinto é possível que haja uma saída. 





Ao longo de todo este ano, entre minhas andanças, eu dei aulas de Comunicação e não de Filosofia. Empenhei esforços na fundação de uma escola comunitária de Comunicação. Somos dois filósofos dado aulas de Comunicação, embasados em Teoria Crítica e Pedagogia Freireana, e mais três gestores. Tem dado certo. Dizemos para nossos educando que eles podem fazer diferente, uma Comunicação que tome as pessoas como fim e não como meio, indivíduos críticos e verdadeiramente responsáveis. Não rebanho na sociedade do espetáculo, mas livres pensadores, contribuindo para a criação de uma economia diferente. E acredito que realmente eles podem... Aos mais experientes cabe manter as tochas acesas no caminho. Creio que é esse o papel do professor hoje: identificar possibilidades e orientar no caminho... Não se trata de esclarecer obscurecendo ou obscurecer esclarecendo
aparentemente. Não é possível libertar contribuindo para manter as
estruturas de opressão. Quem faz isso são os marketeiros.



Devo divagar menos e fazer do trabalho o meu prazer. Que 2013 seja um ano de construções!





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