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Pausa











"Vamos colocar uma pedra encima disso tudo e começar uma vida nova em 2013"... Esta frase, dita em tom conciliador e persuasivo por um dos meus professores, dias atrás, está pairando na minha mente... Indo e voltando, exigindo uma decisão... Ele não sabe o que significa para mim esse "disso tudo", mas colocar uma pedra e seguir a vida é o que eu mais quero. Porém, isso fica muito mais fácil de se conseguir em um lugar diferente, com pessoas diferentes, em cenário diferente, com horários e hábitos diferentes. Enfim, em um contexto diferente. Sem lembranças.





Mas o que me garante que essa diferença toda não é um sedativo entorpecedor, um paliativo, que num futuro próximo irá me custar caro demais? O remédio não seria pior do que a doença? Não seria enterrar pesadelos em castelo de areia à beira do mar?





A vida às vezes é cruel e cheia de graças sem graça... Quando a gente menos espera ela joga na nossa cara que não há fuga possível. Permitir distrair-se com o que não é essencial é meramente circunstancial. Mas, chega o momento em que as circunstâncias se tornam opressoras. Aquele momento em que tudo que nos é mais caro e mais mal resolvido se levanta e implode, se torna mais forte do que o paliativo, debilitando nossas estruturas internas... E então, o que fazer? Se há o que fazer...




Algumas vezes é possível retroceder, consertar os desacertos, outras não... Como saber? Então, o que é melhor fazer? Tomar o caminho mais difícil e desatar todos os nós, ou ir pelo mais fácil e prolongar os desacordos comigo mesma (e eles sempre são comigo antes de com outros) até que eles me vençam numa morte súbita (o que pode não ser uma metáfora)? A resposta é uma outra pergunta: o que eu sou capaz de suportar? Suporto muito, muito mesmo... Mas o ideal é não "suportar" e sim conviver da melhor forma com o melhor do pior. Em paz com tudo e todos, e comigo... Bem sei.





[... e em meio a turbulências, blog pra que te quero...]





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